domingo, 15 de novembro de 2009

Web 2.0, vantagens e desafios


O termo Web 2.0 começou a ser utilizado em 2004, quando Tim O'Reilly, proprietário da O'Reilly Media e estudioso da Internet, nomeou assim uma série de conferências que discutiam os novos rumos da rede. Mas o que é afinal a Web 2.0 e quais as diferenças desse modelo com o que era praticado antes?

A Web 2.0 tem uma diferença crucial em relação a Web 1.0. O foco desse novo modelo é muito mais o usuário do que o comércio. A interação é constante e o internauta deixa de ser um leitor/expectador para se tornar um colaborador e autor de conteúdo.
Segundo O'Reilly (2004), a Web 2.0 tem algumas premissas básicas que levam a essa maior interação com o usuário. Uma característica fundamental é que a internet é usada como uma plataforma e não mais como uma simples rede de computadores. Ou seja, através da internet o usuário pode construir o seu "texto", buscar conteúdos, informações e construir a sua participação na rede, usando a própria internet como plataforma. Os programas também são baixados e utilizados "on line", ao invés do modelo antigo quando cada programa era instalado isoladamente no computador pessoal do individuo.


Outra premissa da Web 2.0 é o foco na maior participação do usuário. Isso foi propiciado pelo desenvolvimento tecnológico, as conexões são cada vez mais rápidas e facilitam a interação. Outra característica que ajuda a maior participação do usuário é que os sites são criados para serem cada vez mais simples e funcionais, aumentando a participação do internauta.
É marcante também o fato do usuário poder organizar o conteúdo da internet em razão dos seus interesses. Os tag´s , o RSS e outras ferramentas permitem com que a pessoa possa hierarquizar as informações disponíveis na rede de acordo com o que lhe interessa mais.

Todas essas características fizeram uma revolução na Internet e na maneira de como as pessoas lidam com a informação. A Web 2.0 fez com que todo mundo se tornasse um pouco repórter, seja através das redes sociais, dos blogs, ou ainda com os microblogs, como podemos perceber na explosão do Twitter. Um exemplo concreto e real dessa situação foi o blecaute vivido no Brasil no dia 10 de novembro de 2009. Os grandes veículos de comunicação tentavam fazer uma cobertura às pressas, procurando fontes oficiais para explicar o ocorrido e mostrando como as cidades estavam no escuro. Enquanto isso, no Twitter, milhares de pessoas relatavam o que estavam vivenciando, criando ao seu modo uma cobertura dinâmica, viva e interessante do fato. Uma cobertura não excluí a outra e isso é fascinante para qualquer um que goste de informação.

Mas nem tudo são flores no mundo do compartilhamento de informações e notícias. Muitos veículos tradicionais do jornalismo consideram que essa prática, a longo prazo, acabará com as empresas de informação e que o trabalho renumerado de jornalista estaria em perigo. O jornal a Folha de S. Paulo publicou forte editorial nesse sentido, no dia 15/11/09.

Questões polêmicas que não serão resolvidas com radicalismo de ambas as partes, mas sim com bom senso, dialogo e tentativas de se chegar em um modelo em que haja sim a colaboração do usuário, o que é essencial , mas que o trabalho profissional do jornalista esteja inserido e reconhecido nesse processo.
Enquanto a web 3.0 não vira uma realidade, vamos trabalhando para que essas soluções apareçam e que ganhe todos aqueles que amam e precisam de informação.

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