domingo, 22 de novembro de 2009

RSS + Google Reader = Twitter ?

O RSS e o Google Reader são sistemas similares que trazem para o usuário as notícias de sites pré escolhidos pelo mesmo. Os sistemas fazem com que o leitor não tenha que ficar atualizando os sites incessantemente em busca de notícias, a notícia vai até ao leitor com esses programas.

O RSS é o programa mais "tradicional" para esse tipo de serviço. O usuário tem que baixar um programa para conseguir assinar os "RSS" dos sites de notícia e/ou blog que for seguir. As notícias , ao serem publicadas, aparecem no canto inferior direito da tela, assim o usuário pode ler o título da matéria e se quiser, ler o restante da notícia.



O Google Reader segue o mesmo modelo, mas tem uma vantagem comparativa que é o fato do usuário não ter que baixar nenhum programa para usar-lo, basta ter uma conta no Google. No site do serviço, o usuário escolhe os sites que quer seguir e partir daí, as notícias vão sendo atualizadas automaticamente.




Os dois serviços revolucionaram a web 2.0, mas como se sabe, uma revolução na internet não necessariamente dura mais do que uma primavera. Acredito que o Twitter acabou superando os dois programas. O usuário do Twitter pode seguir os principais jornais on line e blogues e acaba tendo o mesmo serviço que teria no RSS e no Google Reader e com uma vantagem: no twitter, o usuário tem muito mais poder de participação. Ele pode retwittar as notícias, ou seja, passar para frente para os seus seguidores. Pode colocar o link e comentar as notícias, enfim, uma série de possibilidades interativas que no RSS e no Google Reader não são possíveis.

No final das contas, o que importa é o usuário saber como os programas funcionam, para que eles existem, fazer a sua escolha e se cercar da maior fonte de informações possíveis.

Buscando pela crise na internet

Com a idéia "crise na imprensa" na cabeça fui me aventurar em oito sites de busca dessa rede imensa chamada internet. A intenção é comparar os cinco primeiros resultados da pesquisa de cada site. O resultado foi muito diferente do que eu esperava - como veremos agora.

Comecei a busca pelo onipresente Google. Eu imaginava que os grandes sites de notícia seriam os cinco primeiros resultados, ledo engano. Apareceu de tudo. Um fórum de discussões sobre a crise na imprensa. Dois blogues pessoais e apenas dois sites de jornais online: um para o UOL notícias ( com uma matéria em vídeo) e outro para um jornal online não tão conhecido, o "Em Dia News".



No Yahoo! a coisa não foi muito diferente. Dois blogues, sendo quem um desses dois havia aparecido no resultado do Google, o blog do Pedro Doria. Dois jornais on line, sendo que só um de grande porte: O Dia online que é do Terra. E um resultado para o Observatório de Imprensa, site que é um misto de fórum de discussões e rede social para jornalistas.

O Deepdyve tem uma proposta mais cientifica/acadêmica e a princípio não apareceu nenhum resultado na pesquisa. Mas se o usuário clicar em "web results" conseguirá ter uma busca sobre o tema crise na imprensa. O resultado da pesquisa também nos levou mais para blogues. O único jornal existente entre os cincos sites indicados foi um de Angola, o Angola Press. Foi o único site não brasileiro que apareceu em nossas pesquisas, o que não deixou de ser interessante.

O Radar UOL apresentou os mesmos resultados do Google. Se o usuário olhar bem o site lerá que eles usam o sistema de busca do Google, mas o aviso está bem pequeno, o que não deixa de ser moralmente discutível.


O site de buscas Clustsy foi uma negação completa, nenhum resultado e tentei com todas variações possíveis. Acredito que só façam buscas em inglês.


Já no Bing a busca por sites também não foi muito frutífera. Dos cinco primeiros resultados, dois davam para outros sites de busca que não tinham nenhuma relação com o assunto. Um link era para o Comunique-se e os outros dois para blogues pessoais.

Já no Ask e no DogpPile podemos perceber que os resultados são basicamente os mesmo do que o do Google o do Yahoo, só a ordem de apresentação que não é necessariamente a mesma.

As conclusões dessa missão acabaram sendo mais nilistas do que o esperado. O Google e o Yahoo acabam sendo , realmente, os meios de pesquisa mais recomendados quando o assunto não é tão específico.



Outro fator que merece ser analisado com mais calma e profundidade é o fato de que os grandes jornais on line não aparecem nas buscas , ou pelo menos, não aparecem entre os primeiros resultados. Será isso uma mera coincidência? Me atrevo a dizer que o tema “crise na imprensa” com certeza foi coberto pelos grandes jornais que possuem site. Porque eles não apareceram nas buscas? Porque houve uma primazia pelos blogues nos sites de busca? São questões que ainda não possuo elementos para responder, mas que ficam no ar e mostram a necessidade de se estudar ainda mais como funcionam esses mecanismos de busca.


E , como pudemos perceber, os blogues pessoais aparecem em praticamente todas as buscas feitas por esse que vos escreve. Isso é muito importante para mostrar a responsabilidade que temos com um blog pessoal. Á qualquer momento um novo leitor pode aparecer e até, porque não, novas oportunidades de trabalho. Então, os princípios de seriedade, apuração e responsabilidade que usamos para trabalhar nos meios convencionais, também devem ser usados na web, pois nunca se sabe a amplitude que o seu blog terá.

domingo, 15 de novembro de 2009

Web 2.0, vantagens e desafios


O termo Web 2.0 começou a ser utilizado em 2004, quando Tim O'Reilly, proprietário da O'Reilly Media e estudioso da Internet, nomeou assim uma série de conferências que discutiam os novos rumos da rede. Mas o que é afinal a Web 2.0 e quais as diferenças desse modelo com o que era praticado antes?

A Web 2.0 tem uma diferença crucial em relação a Web 1.0. O foco desse novo modelo é muito mais o usuário do que o comércio. A interação é constante e o internauta deixa de ser um leitor/expectador para se tornar um colaborador e autor de conteúdo.
Segundo O'Reilly (2004), a Web 2.0 tem algumas premissas básicas que levam a essa maior interação com o usuário. Uma característica fundamental é que a internet é usada como uma plataforma e não mais como uma simples rede de computadores. Ou seja, através da internet o usuário pode construir o seu "texto", buscar conteúdos, informações e construir a sua participação na rede, usando a própria internet como plataforma. Os programas também são baixados e utilizados "on line", ao invés do modelo antigo quando cada programa era instalado isoladamente no computador pessoal do individuo.


Outra premissa da Web 2.0 é o foco na maior participação do usuário. Isso foi propiciado pelo desenvolvimento tecnológico, as conexões são cada vez mais rápidas e facilitam a interação. Outra característica que ajuda a maior participação do usuário é que os sites são criados para serem cada vez mais simples e funcionais, aumentando a participação do internauta.
É marcante também o fato do usuário poder organizar o conteúdo da internet em razão dos seus interesses. Os tag´s , o RSS e outras ferramentas permitem com que a pessoa possa hierarquizar as informações disponíveis na rede de acordo com o que lhe interessa mais.

Todas essas características fizeram uma revolução na Internet e na maneira de como as pessoas lidam com a informação. A Web 2.0 fez com que todo mundo se tornasse um pouco repórter, seja através das redes sociais, dos blogs, ou ainda com os microblogs, como podemos perceber na explosão do Twitter. Um exemplo concreto e real dessa situação foi o blecaute vivido no Brasil no dia 10 de novembro de 2009. Os grandes veículos de comunicação tentavam fazer uma cobertura às pressas, procurando fontes oficiais para explicar o ocorrido e mostrando como as cidades estavam no escuro. Enquanto isso, no Twitter, milhares de pessoas relatavam o que estavam vivenciando, criando ao seu modo uma cobertura dinâmica, viva e interessante do fato. Uma cobertura não excluí a outra e isso é fascinante para qualquer um que goste de informação.

Mas nem tudo são flores no mundo do compartilhamento de informações e notícias. Muitos veículos tradicionais do jornalismo consideram que essa prática, a longo prazo, acabará com as empresas de informação e que o trabalho renumerado de jornalista estaria em perigo. O jornal a Folha de S. Paulo publicou forte editorial nesse sentido, no dia 15/11/09.

Questões polêmicas que não serão resolvidas com radicalismo de ambas as partes, mas sim com bom senso, dialogo e tentativas de se chegar em um modelo em que haja sim a colaboração do usuário, o que é essencial , mas que o trabalho profissional do jornalista esteja inserido e reconhecido nesse processo.
Enquanto a web 3.0 não vira uma realidade, vamos trabalhando para que essas soluções apareçam e que ganhe todos aqueles que amam e precisam de informação.